sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Relançamento de Loja de Amores Usados

Fotos do novo lançamento
 do livro de poesia
Loja de Amores Usados
de
Carmen Moreno
 XIII Festival Carioca de Poesia
da
 Cidade do Rio de Janeiro
Teatro Glaucio Gill
 (Organização: Grupo Poesia Simplesmente)
 29 de novembro de 2011

Delayne Brasil, Carmen Moreno e Tanussi Cardoso

Karla Sabah e Carmen Moreno

Carmen Moreno entre poetas amigos

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Carmen Moreno na 11a. Primavera dos Livros 2011(SME) Museu da República

Hoje à tarde (24/11/2011), 
no Museu da República,
entre os diversos eventos da
 Secretaria Municipal da Educação do Rio 
(Departamento de Mídia Educação) na

11a. Primavera dos Livros:

Encontro com Escritoras Professoras

 Carmen Moreno e Sandrine Pereira
conversaram sobre Educação e Literatura,
com a plateia formada por
professoras e escritoras,
em clima de descontração e integração.
 .
 Carmen Moreno
Carmen Moreno conversando com o público
Carmen Moreno e Sandrine Pereira
Édila Tavares (Departamento de Mídia Educação/SME) e
Carmen Moreno

Entre os poemas e textos em prosa apresentados por Carmen Moreno:


Techo do conto Depois da Queda
Livro O Estranho (Fivestar)


Nos hospitais, os corpos têm de estar à disposição. Você deixa de ser uma pessoa - passa a ser uma patologia. Os doentes são, muitas vezes, apenas corpos. Não são cérebros, nem almas, nem têm muita vontade. Como o poder é reduzido nos hospitais! Este talvez seja o lado bom do exercício de sofrer: enxergar a ilusão do poder, essa peste sorrateira que ataca os mais supostamente humildes, e os de arrogância caricata.
A qualquer hora seu quarto pode ser invadido pelos amigos de branco, que manipulam seu corpo de um lado para o outro com rapidez e destreza. E, se quiser se recuperar sem grandes constrangimentos, esqueça os pudores, porque a intimidade é compulsória e necessária à cura. Ao menos a intimidade que estabelecem com sua carne exposta. A outra, a intimidade invisível, a que revoluciona seu peito quando a luz se apaga, esta exercitei com Deus.
E quando a luz se apaga nos hospitais, o sossego é provisório. De madrugada acendem o interruptor, enfiam um comprimido na sua boca, dizem algumas palavras animadoras e pronto, você lembra que está vivo. O doente tem de estar disponível, como uma puta. Todo doente é uma puta. Alguns ganham a saúde como remuneração, pela entrega do corpo. Outros, o calote da morte. Tive sorte!


Livro Loja de Amores Usados, poemas (Multifoco)


QUASE CINQUENTA

O amor roçou no tempo até esgarçar-se de vez, por excessos.
Quando caminho as coxas roçam uma na outra, por excessos.
Cortar gorduras é exercício estóico (às vezes esmoreço e espreguiço).
Mas tenho apreço pela assepsia da alma:
limpo desde menina o lixo entranhado na história.
Há que se enxergar a dor com lupas.
Sangrá-la até libertar o sorriso soterrado.
Sorte: o sol é exercício diário.
Disciplino a fé - o medo tem recantos insondáveis.
Crescer não é uma linha reta.
Recaio e aprumo os cabelos a cada ventania.
Minha mãe há noventa anos me ensina que aprende.
Apronta-se apenas para o instante.
O presente é seu presente.
Rega as plantas e tece bordados com mãos firmes.
Teço palavras para salvar meus jardins,
a seca é perigo iminente.
Aprendo com minha mãe a brotar sementes, podar folhagens,
e espanar a fuligem que encobre os sonhos.
Tenho quase meio século.
Imprescindíveis tornaram-se os óculos para leitura.
Mas prescindo de intérpretes para almas.
Leio entrelinhas como nunca!
Venho esquecendo datas e nomes,
mas tenho lembrado de perdoar.
O tempo não seria apenas a erosão dos neurônios
e o despencar dos músculos.
Há que se gozar os ganhos da dialética:
escondo a barriga sem lipo,
mas a alma - renovada - mostra a cara.


 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CARMEN MORENO NA PRIMAVERA DOS LIVROS 2011 EM EVENTO DA SME

11a. PRIMAVERA DOS LIVROS
DO
RIO DE JANEIRO

ENTRE OS EVENTOS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
(Rio, Uma Cidade de Leitores - Gerência de Mídia Educação):

ENCONTRO COM AS

  ESCRITORAS PROFESSORAS

CARMEN MORENO e SANDRINE PEREIRA

LEITURA DE TEXTOS EM PROSA E VERSO
 Um bate-papo sobre a experiência das convidadas
nos universos da Educação e da Literatura.

DATA:

24/11/2011

HORÁRIOS (duas sessões com as escritoras):

 15 às 16H
e
16 às 17H

LOCAL: Museu da República - Rua do Catete, 153 (Auditório superior)

Livros de CARMEN MORENO que serão abordados: Diário de Luas, romance (Rocco); Sutilezas do Grito, contos (Rocco); O Primeiro Crime, romance policial (Rocco);O Estranho, contos (FiveStar) e Loja de Amores Usados, poesia (Multifoco).


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CARMEN MORENO NA XV BIENAL DO LIVRO - RIO/ 2011

APRESENTAÇÃO DE
CARMEN MORENO NA BIENAL: 
 STAND DA SECRETARIA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (SME)
 TARDE DE 02/09
EVENTO: PROFESSORES AUTORES

Carmen Moreno com o livro Loja de Amores Usados (Multifoco), poesia.

Fotos: Marco Miranda

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Carmen Moreno na PUC - Teknóspoiésys - 19/08/2011

Momentos da apresentação de
 Carmen Moreno no evento multimídia
 Teknóspoiésys
Realização:
Cátedra UNESCO PUC - Rio

Clique na seta para assistir ao vídeo:

Trecho da música Meio termo, de Cacaso e Lourenço Baeta
Poema: Até que a vida nos separe
(Livro Loja de Amores Usados, da autora)


Carmen Moreno


Veja a programação completa no site:

domingo, 17 de julho de 2011

MULTIRIO ENTREVISTA PROFESSOES ESCRITORES

 ENTREVISTA COM
 CARMEN MORENO

 PROGRAMA EDUCAÇÃO EM REDE
MULTIRIO - CANAL 14 NET

A ESCRITORA, PROFESSORA DE ARTES CÊNICAS E SALA DE LEITURA, CONVERSA SOBRE ESTAS EXPERIÊNCIAS.

EDIÇÃO PARA O BLOG: ALFEU BARRETO

PARA ASSISTIR, CLIQUE NA SETA ABAIXO:




Participaram do programa (não editado) as professoras escritoras
 Eliane Pimenta, Sandra Lopes e Sônia Rosa,
conforme divulgação neste blog, em postagem anterior.
Imagens de alunos da Escola Municipal Desembargador Oscar Tenório, Gávea.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O PROGRAMA EDUCAÇÃO EM REDE

(MULTIRIO) ENTREVISTOU

AS ESCRITORAS E PROFESSORAS:

CARMEN MORENO

ELIANE PIMENTA

SANDRA LOPES

SÔNIA ROSA


PARA ASSISTIR:


CANAL 14/NET - MULTIRIO


HOJE - 13 DE JULHO (QUARTA) - ÀS 08:00H e 13:00H


AMANHÃ - 14 DE JULHO (QUINTA) - ÀS 11:00H


(EM BREVE, EDITADO, NESTE BLOG)



sexta-feira, 13 de maio de 2011

CENAS DA CERIMÔNIA DE POSSE DE CARMEN MORENO NO PEN CLUBE DO BRASIL


ASSISTA AO VÍDEO:

DISCURSO E ASSINATURA
DO TERMO DE POSSE DE
 CARMEN MORENO
COMO MEMBRO TITULAR DO
PEN CLUBE DO BRASIL.
(Clique na seta)

 Discurso (10 min) - filmagem e fotos: Marcelo Ribeiro

Este vídeo encontra-se também no Canal da Autora no You Tube: carmenmoreno2

12/05/2011

Componentes da Mesa:

HELENA FERREIRA
(ESCRITORA, POETA, TRADUTORA E PROFESSORA),
CLÁUDIO AGUIAR (PRESIDENTE DO PEN CLUBE DO BRASIL) E
 CARMEN MORENO
 (POETA, FICCIONISTA E PROFESSORA).

ASSISTA AO VÍDEO:

Fragmentos do Ensaio de Helena Ferreira
Sobre a Obra da Autora
(Clique na seta)


Em breve, edição do vídeo de Delayne Brasil e Tanussi Cardoso:
Leitura de trechos em prosa e verso.


CENAS DA NOITE:

(A repetição do nome da autora, nas fotos abaixo, se faz necessária, pois tais imagens podem, eventualmente, ser reproduzidas em outros contextos da Internet).
PEN Clube do Brasil
Carmen Moreno - Varanda do PEN Clube 
Helena Ferreira, Cláudio Aguiar (Presidente do PEN Clube) e Carmen Moreno
Carmen Moreno - Discurso de Posse
Carmen Moreno e Tanussi Cardoso
Carmen Moreno e Delayne Brasil
Carmen Moreno e Ana Arruda Callado
Carmen Moreno e Astrid Cabral
Carmen Moreno e Eduardo Tornaghi
Inez Cabral de Melo e Carmen Moreno
Cecília Costa (Vice-presidente do PEN Clube) e Carmen Moreno
Carmen Moreno, Mano Melo, Andréia Ribeiro e Adriana Rabello
Laura Esteves e Carmen Moreno

Carmen Moreno e Célia Salsa
Maria Helena Künher e Carmen Moreno
Carmen Moreno e Maria Pompeu
Isis Baião e Carmen Moreno
Salgado Maranhão, Carmen Moreno e Tanussi Cardoso
Carmen Moreno e Igor Fagundes
Ricardo Alfaya e Carmen Moreno
Carmen Moreno e Denizis Trindade
Ana Luiza e Carmen Moreno
Antônio Gutman, Carmen Moreno e Sandra Reis
Adriana Monteiro de Barros e Carmen Moreno
Jorge Ventura, Carmen Moreno e Katiele
Sônia Rosa e Carmen Moreno
Sandra Lopes, Sônia Rosa, Carmen Moreno e Ligia Marback
Núbia Nunes e Carmen Moreno
Marcelo Ribeiro e Carmen Moreno
Rosária Robaina e Carmen Moreno
 Carmen Moreno e Sueli Vieira
Carmen Moreno e Renato Kemmel
Carmen Moreno e Sílvia Pollo
Carmen Moreno - Assinatura do Termo de Posse (Pen Clube do Brasil)



Em breve, serão postadas outras fotos do evento, assim como o texto do Discurso de posse de Carmen Moreno, na íntegra.

sábado, 7 de maio de 2011

O PEN CLUBE DO BRASIL

tem o prazer de
convidar Vossa Senhoria e Família
para a solenidade de posse da escritora
 Carmen Moreno
como Membro Titular.

Cadeira de Augusto dos Anjos
 Academia Paraibana de Letras

PROGRAMAÇÃO:

Helena FerreiraApresentação
Delayne Brasil e Tanussi Cardoso - Leitura
de poemas e textos
Coquetel de encerramento

Dia: 12 de maio, quinta-feira, às 18 horas
Local: PEN Clube do Brasil
Praia do Flamengo, 172 / 11º andar

Apoio:
Vinícola Aurora
Lelu`s buffet

 





domingo, 20 de fevereiro de 2011

LIVROS DE CARMEN MORENO (Trechos escolhidos e O que disse a imprensa)

VÍDEO:
BREVE APRESENTAÇÃO DOS LIVROS
Clique na seta para assistir:




TRECHOS ESCOLHIDOS PELA AUTORA:


DIÁRIO DE LUAS (romance), ed. Rocco:



“A loucura sempre me atraiu. É especial minha emoção diante de um louco. Ele desorganiza a rotina das certezas, surpreende a mesmice da ótica, senhor absoluto das bruxarias do inconsciente”.

SUTILEZAS DO GRITO (contos), ed. Rocco:



“... quando compactuamos com uma grande mentira, por mais lúcidos, por mais conscientes do ato ilícito, a culpa nos invade, sorrateira, enlameando nossa autoimagem. Como roedores no silêncio da casa, como uma conspiração de cupins descarnando nossa pureza e coragem.”


“... uma das histórias que ouvi sobre as prostitutas avivou-se, de repente. Papai, seguro de que eu estaria distraído, comentou com um amigo que elas tinham um corpo desgastado, mas necessário. Enveredaram, então, por detalhes sobre mulheres flácidas e gordas, e outras tantas esquálidas... mas todas necessárias”.


“... para sustentar o pedestal, o adorador se curva. E ninguém se curva impunemente, mãe. Quanto mais o adorador eleva seu mito, quanto mais lança sobre ele seu olhar íngreme de pequenino, mais rancoroso se torna”.


“... quando nossas saias se confundem sou mais que uma mulher. Sou tudo que não tem nome. Desaprendo o que aprendi. Contrario o que ensinei. Sou apresentada a mim quando ela come meus traços com suas pupilas amorosas. Seguindo seu desejo sou meu desejo. E passo a querer nós duas. Ver-me, assim, por sua ótica de amante, é desvelar em mim o que, sozinha, seria cegueira. (...) e aprendemos que nesta idade os afetos se resfriam e os sonhos despencam com os seios...”.

O PRIMEIRO CRIME (romance policial), Coleção Elas São de Morte, ed. Rocco:


"Passei por dois embrulhos de gente no Largo da Carioca, sem me comover. Estava cada vez mais prática. Todos os dias esbarrava com algum lixo humano, com a cabeça para fora do cobertor, ou com os pés à mostra. Era tudo passagem, como o chafariz, os camelôs, os meninos cheirando cola e o sol.”

O ESTRANHO (contos), ed. Five Star:


“Naquele hospital aprendi a não ter pequenos pudores. Precisei aprender a não acalentar mais os preconceitos dos mortais. As exigências escrupulosas de quem tem a vida tão ajeitada, que nada lhe sacia a alma, nada lhe atende o querer.”


“Insultar meu marido já não me aliviava a dor. Cada vez que ele se debatia sob o chicote das minhas palavras, apanhávamos os dois”.


“Sob a chuva, ganhava uma leveza de espírito jamais experimentada. Como se a água, infiltrando-se na pele, houvesse lavado o excesso de lixo da alma”.

"Tornou-se gordo e calvo numa fração de tempo que somente a destreza da dor opera. Envergou-se. Uma degradação física quase ficcional. Como fosse o personagem de um drama que, numa passagem de atos, retorna velho...”


"Sentir-se em débito com o tempo é inútil. É como querer reconciliar-se com um morto”.

LOJA DE AMORES USADOS (poesia) ed. Multifoco:


AINDA

Dizer urgente do amor ao amante.
Antes que se quebre o tempo.
E os ouvidos, dissolvidos na terra,
não apreciem mais a carícia das sílabas.
Antes que as mãos, tímidas de dar,
cessem de vez os movimentos.
E todos os gestos virem ossos.
Dizer urgente, ao amigo, o valor do vínculo.
Que só o amigo costura.
Só o amigo, cozeduras, cozimentos, cerziduras,
que só o amigo estanca os sangramentos.
Dizer urgente do amor, sem resistências.
Antes que a língua, de súbito, se cale,
e o amor, preso por reticências, maledicências,
medos, mágoas, role pelos ralos.
Antes que o amor, quedado pela foice,
faça da palavra não dita, eterno açoite.


O QUE DISSE A IMPRENSA (TRECHOS):


"DIÁRIO DE LUAS"


“(...) Carmen Moreno é uma voz independente no panorama ficcional brasileiro (...)”.


“Carmen Moreno produziu um belo e instigante romance. Sua narrativa de fôlego, hipnotizante, detém a atenção do leitor durante todo o percurso do livro. (...)”.


Ricardo Vieira Lima, Tribuna da Imprensa.


“Uma das maiores revelações literárias dos últimos tempos.”


Márcio Vianna, O Globo.


“Carmen Moreno demonstra cuidado com a cadência e o desenho das frases (...). O desenlace da trama imaginada pela escritora combina o caos da emoção ao rigor de uma equação.”


“(...) É uma narrativa hábil onde o tema do Duplo só se ergue como central no último terço do livro, num movimento elegante, que se resolve em termos de enredo numa cena descrita com notável economia e efeito. (...).”


Bráulio Tavares, Jornal do Brasil.


“A economia verbal e o forte desenho dramático são as principais características deste romance, que se coloca muito perto do texto de teatro e do roteiro de cinema (...) texto perpendicular, exaustivamente trabalhado, sem qualquer tipo de concessão. Talvez seja, quem sabe, o tênue fio que separa a razão da loucura”.


José Louzeirocapa do livro.


"SUTILEZAS DO GRITO"


“Escritora recusa os truques da moda e mostra uma rara reverência pela literatura. (...) Não há em sua escrita o menor sinal de desprezo pela tradição (...).”


“(...) contos que confirmam as principais qualidades do livro anterior – prosa bem-cuidada (...) enredos aos quais não faltam suspense, timing, surpresa – e deixam no leitor a tentação de identificar através das pistas os indícios de um universo, digamos assim, moreniano. (...).”


Sérgio Rodrigues, Jornal do Brasil.


“(...) Nada do que é humano é alheio a esta jovem mestra da prosa poética brasileira. Nada nela é muro. (...)”.


“(...) Uma linguagem instigante, concisa e enxuta, sem nenhuma obesidade. Nada sobra e nada falta neste texto burilado, vigoroso e sofisticado (...)”.


Olga Savary, O Globo.


 O PRIMEIRO CRIME


“Carmen Moreno escreveu influenciada pelo cinema, numa história que vai e volta no tempo, para um desfecho que surpreende, de tão clássico. (...) Não chega a ser Crime e Castigo, mas segue a trilha com bastante fôlego.”


Beatriz Coelho Silva, O Estado de S. Paulo.

 (...) A autora conduz o domínio narrativo, selecionando e omitindo dados, com vistas a potencializar o suspense - o que é logrado. As cenas são descritas com rigor imagético e ritmo, revelando forte influência do cinema, e a descrição de emoções e situações de tensão são construídas de modo a nos aderir à protagonista, para que as vivenciemos com ela. (...) Com uma narrativa que mescla delicadeza e requinte e com um final de revelação surpreendente, como não poderia deixar de ser, o romance se apresenta como um delicioso exemplar do gênero policial e como prova, não do crime, mas do talento da escritora”.


Aline Aimée, Site Almanaque Virtual - Cultura em movimento.


"O ESTRANHO"


“ O Estranho é o livro dos detalhes cortantes, o livro de uma autora bastante diferenciada (...) o livro que incomoda, como devem ser os livros relevantes (...) Carmen Moreno corta a carne do cinismo que reveste a condição humana. (...) a verve de Carmen é implacável, uma bukowskiana light (...). O Estranho é ler, ler e se ver.


Luíz Horácio, Poiésis e Jornal do Brasil.

"Quando li O Estranho, de Carmen Moreno, fiquei preso à leitura de cada conto, sem conseguir opor resistência. As histórias simplesmente prenderam minha atenção de tal forma, que fui "obrigado" a ler o livro inteiro. Isto acontece quanto o autor sabe manejar as técnicas narrativas, ou seja, quando é um profissional escrevendo, com consciência e domínio de sua arte. Reli o livro depois com calma, a calma que a sua densidade exige. E nesta segunda leitura outro prazer; o da aprendizagem. Recomendo, portanto, o livro a todos, por ser literatura de primeira".

Marcus Vinicius Quiroga


"LOJA DE AMORES USADOS"


“ O talento de Carmen Moreno circula com a mesma sutileza clarividente nos vários gêneros literários e agora se excede neste surpreendente Loja de amores usados, em que sua arte se expande livre e senhora de uma intensidade poética raramente encontrada. A tessitura das palavras penetra o invisível de pessoas e coisas com a mesma delicadeza de sentimentos, no gesto que acaricia, nas despedidas irremediáveis, nas decepções e mentiras, ou nas rupturas fatais. As palavras, suavemente poderosas, extraem segredos e mistérios dos recantos da casa e perfis da família, nas esquinas do ser, nos encontros e desencontros amorosos. A dor que desliza pelos versos é quase sempre silenciosa e amiga, docemente assustada, ante possíveis lapsos, mas quando sangra e despedaça, invade a página o sopro difícil de quem reconhece no próprio eu e no outro os tortuosos caminhos dos conflitos internos. Em primorosa construção de linguagem atravessada por imagens que a cada estrofe nos envolvem, acompanhamos esta viagem de um olhar solitário pelo mundo, descobrindo o "pó do pó, / o microscópico a olho nu".

 Helena Parente Cunha, quarta- capa do livro.

"A poeta já traz no nome latino o vaticínio do canto, do poema lírico. E a musicalidade se reitera na sequência de aliterações nasais que abrangem também o sobrenome.
Qual a natureza do canto de Carmen Moreno em Loja de amores usados?
Múltipla. Derramando-se em quatro segmentos, inicia-se por ampla meditação sobre a condição humana, em seus aspectos de vida/morte e criação artística (“Morte Versos Vida”), para deslocar-se em seguida à conjuntura social dos laços de família (“Ecos da casa”), e, finalmente, concentrar-se no aprofundamento confessional do erotismo (“De cama e cortes”) e da condição feminina (“Sobre saias Sobre (saltos)”).
Nesse rico e complexo percurso temático, a intensidade dramática sempre nos arrebata. Sobretudo porque Carmen Moreno, além de ter a experiência do teatro em seu currículo, é uma poeta visceral.
Portanto, não se trata de simples habilidade ou ludismo verbal o que a conduz à produção poética. Embora seja incontestável seu domínio lingüístico.
Ao lado de inegáveis aspectos estéticos, a poesia de Carmen nos conquista pela pungência e pela coragem, como o comprova o poema “Umbigos”:
Tenho minha mãe entre as pernas.
Há anos tento pari-la, parti-la de mim,
mas minha mãe não se desgarra.
O desassombro e a atitude crítica da autora atravessam o livro inteiro.
Loja de amores usados representa relevante momento de conquista pessoal, literária e social desta surpreendente artista".

Astrid Cabral, trecho do prefácio do livro.

“Carmen Moreno é uma autora brilhante, de um texto vivo, sensível, cheio de surpresas (...)”.

Raquel Neveira